De tudo que se vive em um ano, de tudo que se pode relativizar do tempo, confesso que meu blog ha muito já vem sido abandonado por mim, com promessas semestrais de que agora eu emplaco a organizá-lo e a ter nele informações mais úteis e precisas de mim para o mundo, mas muito mais de mim para mim mesma.
O que se espera de um ano, não se compara ao que se tem do mesmo período. Todos os planos e anseios sempre são adiados para o ano próspero. Lembram de Cuba, então... mais uma vez na minha lista de sonhos e mais uma vez, meu sonho está se adiando.
A vida adulta tem destas coisas, mas mesmo me distanciando de alguns ideais, se isso de fato é ficar mais velha, assumir outras responsabilidades e ter maturidade para com os caminhos sinuosos que a vida tem para nos oferecer, sinto-me deveras idosa e madura demais para minha idade (risos).
Obviamente são escolhas que fazemos, não posso me queixar destas, se tiver que me queixar somente terei de fazer esta reclamação ao único SAC, com destinatário direto a minha caixa de e-mails porque nem telefonema tenho atendido mais. Que dirá ligado aos que amo para dizer: “oi, hoje pensei em vocês”, mesmo que isso fosse a mais pura mentira, o que de fato tem acontecido é pensado em muita gente o tempo todo e as pessoas não fazem idéia disto.
Tempos tão fora do que sempre fui, que hoje vendo este dia do ano, me peguei pensando: passou-se as festas e não fiz minha homenagem anual aos queridos, que sempre tento fazer no cartão do fim de ano para as festas vindouras.
E agora eu aqui ao menos atualizando o blog para tentar me redimir com os que amo.
Por vezes me coloquei frente ao computador e sempre que iniciei um texto, logo o deixava para findar posteriormente e assim se passaram os dias e aqui estou eu, às vésperas de ano novo tentando compor alguma medida exata num tempo livre (que
se parasse de fato para analisar, livre mesmo, não o teria).
Mas como bem colocado ao início do texto, o tempo é relativo. Resta saber o que cada um quer e pode fazer com o seu (risos). Fiz amizades maravilhosas com gente que sempre vou guardar no meu coração como estas duas crianças aí ao lado: Camila e Gisele, sempre me fazendo sorrir, me servindo de amparo naquele lugar que é desesperador ficar.
Este ano optei por diversas coisas, uma delas era ao invés de escrever aqui algumas linhas sobre mim e meu raro tempo, optei por me expor e trocar frases com pessoas que poderia me relacionar pela net, homens interessante ou em potencial pelo menos para um divertido flerte, julgando que desta forma eu estaria dedicando um tempo a mais para mim mesma.
Confesso que fez bem ao ego por algumas vezes, mas acabei ficando um pouco dependente da mesma net para me relacionar, como se somente isso me ajudaria a encarar o que de fato preciso vencer aí fora. Então entrei também em desafios diretos ao encontrar com alguns pretendentes. Alguns pontos positivos outros negativos, mas a vida é uma gangorra e dependemos dela para termos nossos picos de felicidade.
O resultado de toda esta matemática foi nada de homem, um vício em net e alguns amigos que guardarei com carinho na minha lista de MSN. E como se não pudesse faltar na minha lista, uma relação pequena de Amores Platônicos (risos). Mas tudo já resolvido e muito bem analisado.
O encerramento de um ciclo, por mim inútil julgado, de terapia foi um marco deste ano, um divisor de águas que fez da crise forte brotada por mim numa depressão ferrenha, da qual julgava nunca mais conseguir sair, até que me saí bem... Hoje, estou melhor, claro que meu ego continua o mesmo (risos), mas acho que trabalhar minhas tentativas de relacionamentos através da net tem feito eu quebrar alguns paradigmas que pensei jamais superar.
O Início de um novo ciclo se fez quando inicie o trabalho de coordenação na ETEC, impossível de acreditar uma pessoa como eu, num cargo que necessita tudo aquilo que não tenho, foi um desafio que topei encarar, todos os dias de manhã me arrependo de te-lo feito, mas quem sabe lá pra frente vou ver que tudo realmente foi o melhor a ser feito.
Algumas frases me pegaram este ano, por virem de pessoas realmente muito especiais: “ Você tem que voltar a escrever”. É Eriquinha, depois de vc cuidar de mim nesta nossa viagem para Campos do Jordão, de você sempre estar do meu lado nas horas boas e ruins não seria justo se não aceitasse seu conselho.Eu sempre concordei com você, e embora isso tenha demorado alguns meses para acontecer estou tentando me redimir aqui.
Mas o mais fantástico do meu ano, foram as viagens que fiz e os reencontros que pude ter: Janeiro comecei em MS, visitando minha família como o de costume, logo após minha chegada em SP já embarquei dia 6 para o tão esperado RS.
Sim, Porto Alegre, o anseio em ver um amigo de tantos momentos felizes (poucos dias), mas de uma alegria eterna me moveu a conhecer esta curiosa cidade. Passar a tarde vendo os principais pontos de POA, Henrique, valeu por cada centavo, por cada passeio furado, por cada sensação de solidão que as vezes, nesta cidade sem Albergue, eu sentia. O mais fantástico foi rever o Eder amigo de anos do mesmo estilo de amizade do Hique, curto tempo de passagem e um sentimento intenso no coração.
Te rever, Eder, me trouxe de volta à Madrid, reviver com você nossos dias e criar mais um pouquinho de história, marcam para sempre o livro de registros de minha vida.
Volta para casa e um tempo de reclusão, por uma opção e por falta de $$$, como sempre. Passaram alguns meses e embarquei numa viagem maluca para passar o fds em Curitiba, maravilhosa cidade, vontade de nao voltar, ficamos trancadas dentro de casa curtindo preguiça e falando muita besteira: Dani e Camila, sempre bom esta ao lado de que amo!
Mais uma vez de malas prontas no mesmo mês indo para o Petar, um lugar lindo, maravilhoso onde pude ver desfrutar de incríveis aventuras, mas muito mais que isso, fez com que me conecta-se comigo mesma, me fez enxergar quanto eu preciso crescer enquanto pessoa, como eu precisava aceitar o meu verdadeiro eu. E ainda mais ao lado de amigos de verdade, gente que AMO muito, a Dani, é a amiga mais antiga e verdadeira que tenho, e se for verdade que a amizade é como vinho, pode apostar que os anos de nossa união fazem o “curtir” ser a constante de nossas vidas. O Zé Luis grande pessoa com o coração que abarca o mundo, meteu a gente numa furada na volta, mas foi divertido eu curti muito!
Mas foi a viagem a Buenos Aires que me trouxe grandes descobertas. Muitas pendências coisas que vi ha alguns anos que pude reviver. Foi maravilhoso, voltar a Colônia de Sacramento e viver momentos alegres, comendo alfajor, caminhando pelo porto Madero e encontrar pessoas lindas e maravilhosas como a Juju, Silvinha, Mari e Vini.
Mas o incrível estava por vir, fui pela primeira vez ao Rio de Janeiro, claro que não era Rio, Rio... fui até Paraty e me apaixonei. Cidade maravilhosa, com pessoas lindas, amei minha estada lá e os passeios são incríveis, além de baratos, muito gostosos.
Mais adiante fui de fato ao Rio de Janeiro, especificamente Niterói, mas RJ. E mais uma vez fui surpreendia com o brilho e a energia deste adorável lugar. Já briguei uma vez com minha amiga Catarina (alemã) quando ela me falou que tinha gostado mais do RJ (risos), mas foi aí que percebi o quanto era mágico tudo aquilo. O Rio me roubou uma das que considero melhores amigas, mas conquistou meu coração e quando a Ana fala, quando você vem pra cá morar “comigo”, eu realmente já consigo pensar nesta possibilidade.
E assim findaram-se as viagens e começo a embarar numa outra levada, assumi um cargo na ETEC de Diadema e sinceramente não foi fácil agüentar estes meses. Assim como sei que não será fácil continuar... mas vou levando.
Este texto iniciou-se em 27 de dezembro de 2010 e só concluído em 06/01/2011. Com mil lacunas que serão reveladas mais adianta, antes que eu nunca poste e ao inve´s de um pequeno memorando se torne um romance de uma vida, com intermináveis e incansáveis páginas.
Até ontem se me perguntassem o que tinha levado da vida, nada mais me restava se não uma grande gama de amigos, que eu realmente tenho no meu coração como pessoas importantes e respeitadas, minha família incontestavelmente linda, minha profissão e causas que resolvi defender, meus contatos gerais que embora não seja algo eternizado no meu coração é sempre o que move meu dia a dia. 
Não me ouviria falar de um amor verdadeiro, de um sentimento por inteiro de algo que realmente tivesse percebido partir de alguém. Sentir-se desejada, respeitada, acolhida. Essas coisas assim são difíceis de acontecer e quando ocorrem, é O acontecimento. Embora eu tenha pouco tempo de convívio, embora sejamos bem distantes eu fui deveras dominada por um sentimento adolescente (não que isso seja novidade para mim) de querer estar com alguém se não fisicamente, mas pelo menos mentalmente. E isso é bom, me fez ter vontade de novo, de voltar a me dedicar a mim.
