
Este conto trata da história de uma jovem de apenas 23 anos que resolve ir encontrar as duas únicas irmãs que estão passeando por Paris, mas a sua viagem de ida foi interminável, quando ao aceitar uma roca de lugar com outros passageiros ela se arrepende amargamente pois uma criança que está sentada na poltrona atrás da sua, não a deixa em paz.
A viagem
Avião: 08 de junho de 2005, às 23:00 . Mudança total da minha vida. Novos desafios estavam sendo lançados ao vento em busca de grandes aventuras e emocionantes descobertas. Primeiro obstáculo : o vôo.
Pavor... não dá para descrever... sozinha naquele avião imenso, deixando os pais no aeroporto... sem ao menos saber o que iria encontrar fora de meu país.
As duas únicas irmãs estariam aguardado na cidade Luz.
Insegurança... sim. Nunca estive tão longe de casa, o transporte estava atrasado mais de duas horas. Um chá de cadeira, não muito grande, comparado com as onze que enfrentaria, sentada numa poltrona, ansiosa em ver o resto de minha família.
Pessoas dentro da nave, não muito diferentes do que estava acostumada a ver. Maioria brasileiros, mas alguns franceses também. Pelo visto não era a única que estava indo pra a Europa pela primeira vez, conversei com um rapaz curitibano, muito simpático por sinal, que também estava sozinho e estrearia sua visita neste antigo continente, mas que durante o embarque nos perdemos. Logo que subi a bordo, um casal perguntou se eu não poderia trocar de lugar com eles, pois estavam em lugares separados. Eu de boa vontade aceitei a troca, mas foi uma das piores coisas que eu fiz. A mulher que estava na poltrona atrás da minha, não parava de empurrar o meu espaçoso banco de classe econômica, que mal acomodava minhas pernas. E ainda o filha da ... mesma, ficava o tempo todo gritando e por alguns momentos cutucava meu ombro esquerdo. Eu torpe de sono, pela noite anterior que passei em claro, devido a agitação da viagem; não me manifestei, evitando uma exaltação maior, pois percebi que a mulher não tinha autoridade nenhuma sobre o bendito do Gutierre, este foi o nome que ouvi o vôo todo, pois o infeliz não aquietava e sua mãe sem sair do lugar ficava evocando este “santo” nome, literalmente, em vão.
Percebi que não era apenas eu que fiquei irritada com tal perturbação, mas as pessoas, assim como eu, se continham.
De repente, silêncio... o vendaval adormeceu... que bom” mas agora estava na hora do jantar. Os comissários de bordo serviram a refeição.:
- Pasta ou pollo? – vontade imensa de pedir pasta! Qual seria? Macarrão, lasanha? Sai tentação, afinal tinha que continuar a manter o regime:
- Pollo! – que mal faria comer frango grelhado, arroz e verduras.... e ainda às duas da manhã? Sim, seria até melhor.
Observo o prato ao lado! Era lasanha!Hum.. Pra isso eu sou como o gato Garfild! Mas minha comida estava saborosa e só em pensar que eu estava no sossego, sem ruídos pra atrapalhar meu futuro sono, tudo ficara maravilhoso.
Calmaria. Que bom! Mas mal pude descansar e Gutierre já estava agitado perambulando pelos corredores e sua mãe a evocá-lo.
Era óbvio que eu não voltaria a dormir, com o sono leve que tenho essa agitação do guri, não me permitiria.
Após um longo tempo tentando descansar pelo menos a cabeça, o comandante avisa que dentro de instantes iríamos pousar... Foram os instantes mais longos que já vivencie. Acho que ele não sabe o verdadeiro sentido semântico desta palavra.
Durante o período que eu aguardava sentada, com meu sinto, até o avião parar completamente, o infeliz atrás de mim, falava incessantemente: - Chegamos na Itália, né mãe?! Chegamos na Itália, né Mãe? Chegamos, né? Chegamos, né?
Eu não sabia quem era pior, o menino que parecia uma vitrola quebrada, ou a mãe que não se manifestou nenhuma das vezes que o menino perguntou: - Chegamos, né mãe?! – e pior era ver que nenhum dos dois tinham a menor noção geográfica. Sim, Itália fica na Europa, mas não na França, muito menos em Paris. E a lesa mãe nem se deu ao trabalho de esclarecer nada ao filho.
Tenho que admitir que se não fosse isto, não teria tanta história pra contar, mas que naquele momento eu queria voar no pescoço da mãe e do menino, esquecendo toda minha diplomacia como educadora profissional no BRASIL, isso eu queria.
A viagem
Avião: 08 de junho de 2005, às 23:00 . Mudança total da minha vida. Novos desafios estavam sendo lançados ao vento em busca de grandes aventuras e emocionantes descobertas. Primeiro obstáculo : o vôo.
Pavor... não dá para descrever... sozinha naquele avião imenso, deixando os pais no aeroporto... sem ao menos saber o que iria encontrar fora de meu país.
As duas únicas irmãs estariam aguardado na cidade Luz.
Insegurança... sim. Nunca estive tão longe de casa, o transporte estava atrasado mais de duas horas. Um chá de cadeira, não muito grande, comparado com as onze que enfrentaria, sentada numa poltrona, ansiosa em ver o resto de minha família.
Pessoas dentro da nave, não muito diferentes do que estava acostumada a ver. Maioria brasileiros, mas alguns franceses também. Pelo visto não era a única que estava indo pra a Europa pela primeira vez, conversei com um rapaz curitibano, muito simpático por sinal, que também estava sozinho e estrearia sua visita neste antigo continente, mas que durante o embarque nos perdemos. Logo que subi a bordo, um casal perguntou se eu não poderia trocar de lugar com eles, pois estavam em lugares separados. Eu de boa vontade aceitei a troca, mas foi uma das piores coisas que eu fiz. A mulher que estava na poltrona atrás da minha, não parava de empurrar o meu espaçoso banco de classe econômica, que mal acomodava minhas pernas. E ainda o filha da ... mesma, ficava o tempo todo gritando e por alguns momentos cutucava meu ombro esquerdo. Eu torpe de sono, pela noite anterior que passei em claro, devido a agitação da viagem; não me manifestei, evitando uma exaltação maior, pois percebi que a mulher não tinha autoridade nenhuma sobre o bendito do Gutierre, este foi o nome que ouvi o vôo todo, pois o infeliz não aquietava e sua mãe sem sair do lugar ficava evocando este “santo” nome, literalmente, em vão.
Percebi que não era apenas eu que fiquei irritada com tal perturbação, mas as pessoas, assim como eu, se continham.
De repente, silêncio... o vendaval adormeceu... que bom” mas agora estava na hora do jantar. Os comissários de bordo serviram a refeição.:
- Pasta ou pollo? – vontade imensa de pedir pasta! Qual seria? Macarrão, lasanha? Sai tentação, afinal tinha que continuar a manter o regime:
- Pollo! – que mal faria comer frango grelhado, arroz e verduras.... e ainda às duas da manhã? Sim, seria até melhor.
Observo o prato ao lado! Era lasanha!Hum.. Pra isso eu sou como o gato Garfild! Mas minha comida estava saborosa e só em pensar que eu estava no sossego, sem ruídos pra atrapalhar meu futuro sono, tudo ficara maravilhoso.
Calmaria. Que bom! Mas mal pude descansar e Gutierre já estava agitado perambulando pelos corredores e sua mãe a evocá-lo.
Era óbvio que eu não voltaria a dormir, com o sono leve que tenho essa agitação do guri, não me permitiria.
Após um longo tempo tentando descansar pelo menos a cabeça, o comandante avisa que dentro de instantes iríamos pousar... Foram os instantes mais longos que já vivencie. Acho que ele não sabe o verdadeiro sentido semântico desta palavra.
Durante o período que eu aguardava sentada, com meu sinto, até o avião parar completamente, o infeliz atrás de mim, falava incessantemente: - Chegamos na Itália, né mãe?! Chegamos na Itália, né Mãe? Chegamos, né? Chegamos, né?
Eu não sabia quem era pior, o menino que parecia uma vitrola quebrada, ou a mãe que não se manifestou nenhuma das vezes que o menino perguntou: - Chegamos, né mãe?! – e pior era ver que nenhum dos dois tinham a menor noção geográfica. Sim, Itália fica na Europa, mas não na França, muito menos em Paris. E a lesa mãe nem se deu ao trabalho de esclarecer nada ao filho.
Tenho que admitir que se não fosse isto, não teria tanta história pra contar, mas que naquele momento eu queria voar no pescoço da mãe e do menino, esquecendo toda minha diplomacia como educadora profissional no BRASIL, isso eu queria.
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